Com certeza você já se perguntou quanto custa o nióbio. Neste artigo vamos falar sobre o Preço atual do Nióbio e do seu valor para a indústria e mercado internacional.
O Nióbio é um dos principais insumos brasileiros, o qual se encontra, na terceira ou quarta posição dos metais mais exportados do Brasil dependendo do ano. Descoberto em 1801, o Nióbio é capaz de transformar materiais em soluções mais eficientes e inteligentes.
Quanto Custa a Tonelada do Nióbio?
O famigerado “preço de banana” citado em muitos artigos é falso, pois, o Nióbio é atualmente precificado a valor superior a USD 30.000/tonelada, ou seja, cerca de 10x mais que o alumínio e 24x mais que o aço, sendo que ambos fazem parte da cadeia de valor sucessiva.
Esse valor pode aumentar caso encontremos novas tecnologias que possam valorizar o Nióbio, em suma, é exatamente o que a CBMM vem fazendo a décadas!
Devemos valorizar o foco da CBMM, mas também cobrar pesquisas científicas públicas determinadas a ampliar e valorizar esse tesouro nacional!
Quanto Custa o Quilo do Nióbio?
Já o quilo do Nióbio é atualmente precificado a valor superior a USD 30/Quilo, em contra partida temos:
- Aço a USD 1,22/Quilo
- Alumínio a USD 3/Quilo
- Cobre a USD 10,3/Quilo
Qual o Valor do Nióbio Hoje?
Muitos artigos que circulam pelo Brasil abordam e valorizam o Nióbio de forma demasiada, falando sobre as reservas brasileiras e precificando-as como o produto acabado!
“Contudo, precificar a reserva mineral pelo valor de um produto acabado (em trilhões) é um grande erro conceitual (seria quase como precificar reserva de areia pelo preço do concreto no mercado internacional)”
Giuliano Michel Fernandes
Um dos primeiros fatores a se pontuar sobre o Nióbio, é que ele é um produto que precisa ser beneficiado, ele não é extraído da terra, em suma, o material extraído no geral é o Pirocloro e a Columbita-Tantalita
Além disso, existem diversos fatores que podem alterar o valor final do produto, do qual vão desde a circulação do material no mercado até a descoberta de novas tecnologias para o Beneficiamento e Industrialização.
“O surgimento de novas tecnologias pode levar ao aumento do mercado de nióbio”,
diz Marcelo Ribeiro Tunes, diretor do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM)
Falando de investimento, um parceiro de longa data da CBMM ( maior empresa de produção de Nióbio do Mundo ) é a Escola de Engenharia de Lorena (EEL) da USP. A faculdade foi sede do Projeto Nióbio, iniciativa multi-institucional criada em 1978 com objetivo de desenvolver nióbio metálico de alta pureza. O projeto envolvia também estudos voltados às diversas fases do processamento e das aplicações do metal e suas ligas, com especial atenção à supercondutividade metálica.
A CBMM fornecia o pentóxido de nióbio e recebia de volta lingotes de alta pureza. O Projeto Nióbio agregou valor ao metal e permitiu a verticalização de sua produção junto à parceira comercial do projeto. Essa colaboração durou cerca de 10 anos até que a mineradora implantou a produção de nióbio metálico em Araxá. Através disso, o valor do Nióbio dentro do mercado aumentou muito.