Correias Transportadoras, o que esperar para 2022?
A previsão do mercado global de Correias transportadoras aumenta a uma taxa considerável durante o período entre 2022 e 2025. Em 2022, o mercado está crescendo a uma taxa constante, espera-se que o mercado melhore ainda mais ao longo do horizonte projetado. Com isso, é necessário que cuidados sejam tomados com as correias transportadoras para não ocorrer interrupções na produção, especialmente no quesito da sua manutenção.
Paulo Godoy Diretor da Almex Group Brasil, diz:
“Finalizado 2021 e considerando os movimentos de vários usuários de correias transportadoras já neste início de 2022, podemos observar que o TCO, ou Total Cost of Ownership destes ativos é um dos pontos de preocupação.
Os insumos para a fabricação de correias transportadoras seguem a política de formação de preços internacionais, bem como muitos componentes e acessórios para transportadores são importados e sofrem com as variações cambiais de nossa economia. Além disso, problemas atuais de logística, falta de componentes e insumos e de mão de obra especializada têm pressionado os custos de aquisição e operação de correias.
Temos também fatores internos e inerentes a cada usuário, mas no geral todos têm sofrido com baixa vida útil e baixa confiabilidade destes ativos. De forma geral, toda uma série de ações tomadas individualmente não têm convergido para o resultado desejado para as empresas – o aumento da vida útil (ou PVU – Prolongamento da Vida Útil) do ativo com a consequente redução do TCO (mesmo que não linearmente).
Unidades de processamento de granéis têm recebido investimentos milionários em suas operações unitárias, mas continua-se colocando em segundo plano a alimentação e a movimentação de granéis entre estas operações. Britagens cada vez mais automatizadas e modernas, inteligência artificial em controle de moagem, novos acionamentos entre outras tecnologias não têm aumentado a sua disponibilidade devido à falta de atenção ao circuito de manuseio por correias.
Até quando ignoraremos a importância em se tratar a confiabilidade do circuito de correias?
Até quando colocaremos a “culpa” nas correias para justificar a parada de toda uma operação com dezenas de outros equipamentos?
Enquanto uma abordagem consistente de análise e tratamento de dados gerados pelos transportadores de correia não for implantado e sistematizado, o circuito de correias continuará sendo um dos grandes ofensores ao cumprimento de orçamentos de manutenção e operação.
Não se reduz o TCO por decreto, e sim após plantar e colher frutos consistentes e em prazos factíveis. Planos de ação com centenas de ações sem que estas tragam resultados mensuráveis tem contaminado o poder de análise de muitos usuários. Uma área suportada por engenharia especializada (interna ou consultiva) é um dos passos a ser trilhado – mas não o único. Redução do TCO é um processo onde trilhar um caminho consistente trará resultados.
Em quanto tempo? Depende da maturidade técnica e da sistematização de cada usuário.
Iniciando hoje, pode-se reduzir o TCO de 2022? Difícil afirmar, mas considerando o tempo necessário para a maturidade do processo… 2022 já está perdido para a grande maioria dos usuários.”
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