Guia Definitivo para Realizar uma Emenda a Frio de Correia Transportadora

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emenda de correia a frio

Nesse artigo, criamos um guia definitivo para realizar uma emenda a frio de correia transportadora. Continue a leitura e veja como realizar este procedimento!

Saber o momento certo de se realizar um reparo e o momento certo para substituir uma peça é fundamental para qualquer setor, principalmente em fábricas e indústrias. Em correias transportadoras, por exemplo, é possível realizar emendas, reparando os danos, minimizando o tempo de parada dos equipamentos, reduzindo custos e aumentando os lucros da empresa. 

A equipe responsável pela manutenção de correias transportadoras precisa sempre estar alinhada com a equipe de produção, programando manutenções preventivas e eventuais substituições. 

O que é uma emenda a frio?

A emenda de uma correia transportadora nada mais é do que a junção dos pedaços rompidos, evitando a paralisação da produção. Uma das maneiras de realizar essa emenda se dá pelo uso de ferramentas especiais e processos químicos, corrigindo os problemas e permitindo a operação normal da fábrica. Esse procedimento é conhecido como emenda a frio.

 É importante afirmar que a maioria dos problemas em correias transportadoras são oriundos da preparação incorreta de substratos e, também, pela seleção inadequada do processo de vulcanização. Vale a pena prestar atenção nesses pontos, não é mesmo?

como-calcular-e-quais-materiais-devo-utilizar-para-fazer-uma-emenda-de-correia-a-frio

O que deve ser analisado antes de fazer uma emenda?

A equipe de manutenção deve analisar alguns aspectos antes de decidir pela realização da emenda. É preciso verificar, em primeiro lugar, qual a extensão do dano. Um pequeno rasgo pode apresentar uma baixa probabilidade de se aumentar ou se alargar, ou seja, é possível esperar um pouco mais e programar um reparo (caso não haja manutenção periódica já programada).

Contudo, quando a correia transportadora apresenta bordas ou coberturas danificadas é necessário uma atenção especial. Essas características podem representar um perigo iminente, mas também é preciso analisar os danos. Se eles forem mínimos, deve-se aguardar a manutenção programada. 

Contudo, se os rasgos estiverem causando perda de rigidez ou afetando o tensionamento das correias, deve-se paralisar a produção e realizar as devidas manutenções. 

Uma regra interessante é: caso os danos não atinjam mais que 25% da largura da correia, os reparos não devem ser realizados. Caso contrário, recomenda-se uma manutenção.

Quais materiais usar e como calcular quantidade?

Antes de saber quais materiais usar e como calcular a quantidade de cada um deles para realizar uma emenda a frio de correia transportadora, deve-se conhecer as partes da correia. Veja:

  • Viés: área não removível da emenda, parte integrante do seu comprimento e responsável por determinar o ângulo do seu escalonamento;
  • Passo ou degrau: acompanha paralelamente a linha do viés, é o responsável pela área de garra da emenda;
  • Linha de base: é a linha transversal à correia em ângulo reto (90°) em relação às suas bordas e à linha de centro. A linha de base é quem determina o comprimento da emenda, de onde devem partir todas as tomadas de medida para o escalonamento;
  • Linha de Centro: é a linha disposta no centro da correia no sentido longitudinal. Serve para o alinhamento da correia.
Guia definitivo para realizar uma emenda a frio de correia transportadora

Cálculo Para Emenda a Frio de Correia Transportadora

Para a realização do cálculo, utilizaremos um exemplo. É importante deixar claro que o comprimento do passo não varia de acordo com a largura da correia, mas sim de acordo com o tipo de lona. Veja a tabela seguir:

Guia definitivo para realizar uma emenda a frio de correia transportadora

Para nosso cálculo, temos a fórmula:
C.E. = VIÉS + (N° DE PASSOS) X PASSO

Considerando uma correia de 3 lonas, 3PN2200, com dimensões 8 mm x 3 mm, 800 mm de largura, temos:

VIÉS = 0,5 x largura
VIÉS = 0,5 x 800
VIÉS = 400 mm

N° PASSOS = N° LONAS -1
N° PASSOS = 3 – 1
N° PASSOS = 2

PASSOS = 250 mm (vide tabela) ou
PASSOS = Largura / N° PASSOS
PASSOS = 800 / 2
PASSOS = 400 mm

De acordo com informações da tabela, devemos utilizar o que tiver maior valor, ou seja, PASSOS = 400 mm. Então, 

C.E. = VIÉS + (N° DE PASSOS) X PASSO
C.E. = 400 + 2 x 400
C.E. = 400 + 800
C.E. = 1200 mm

Pode-se dizer que, de acordo com nosso exemplo, devemos utilizar um Comprimento de Emenda de 1200 mm. 

Materiais e Ferramentas

Em termos de ferramentas, recomendamos a utilização de:

  • trena;
  • esquadro metálico;
  • régua metálica milimetrada;
  • giz, lápis ou caneta esferográfica;
  • faca para borracha;
  • faca de corte para lona (ou cortador elétrico Flexco);
  • rolete de pressão;
  • lixadeira angular 7”;
  • EPI’s;
  • torquês;
  • esmeril de cabo flexível com escova de aço;
  • escova de pelo; 
  • pincel ou trincha;
  • sargento;
  • pedra rebolo;
  • martelo de borracha;
  • escova de aço;
  • adesivo;
  • catalisador;
  • raspador químico.

Para o adesivo e o catalisador recomendamos a utilização da Cola Cimento Vipafix e do Catalisador Vipal. A Cola Cimento Vipafix é empregada para adesão e colagem dos materiais, enquanto o Catalisador Vipal tem como função intensificar a cristalização do cimento e a resistência da colagem ao calor. 

guia definitivo sobre as correias em v. Guia definitivo para realizar uma emenda a frio de correia transportadora

Como Fazer Emenda a Frio?

Para realizar uma emenda a frio de correia transportadora, é preciso unir as pontas de uma ou mais correias, com duas ou mais lonas por meio de técnicas apropriadas, com vulcanização a frio, conforme procedimento a seguir:

  1. posicione corretamente a correia;
  2. faça uma análise preliminar de risco;
  3. realize o bloqueio da correia;
  4. levante o contra peso, volte o esticador e faça a desmontagem mecânica para execução da emenda;
  5. reposicione a correia e efetue os travamentos;
  6. corte a correia;
  7. realize o esquadrejamento a ponta da correia a ser emendada;
  8. demarque a linha do viés, para emenda à frio em metade da largura da correia;
  9. demarque o campo de vulcanização em uma vez a largura da correia. (Correia 30” x 03 lonas → Campo de vulcanização 30”)
  10. demarque números de passes na emenda, conforme determinação do fabricante (N° de lonas menos 1);
  11. efetue cortes nas marcações da emenda e efetue o escalonamento – área de carga da correia e área de retorno da correia;
  12. efetue o lixamento das partes escalonadas, carga/retorno;
  13. aplique 1° demão de adesivo na emenda, carga/retorno;
  14. aguarde a secagem mínima (30 minutos) para 1° demão de cola sobre emenda;
  15. aplique 2° demão de adesivo na emenda;
  16. aguarde ponto de pegajosidade e com o dorso dos dedo, colocar taliscas de madeira sobre emenda;
  17. faça a pré-montagem da emenda e confira o alinhamento;
  18. retira as taliscas e efetue o fechamento da emenda;
  19. rolete toda a área da emenda, com rolo de ação dupla, mantendo sempre o rolo no ângulo da emenda e do centro para as laterais, roletar também as bordas da emenda;
  20. efetue os acabamentos;
  21. aguarde 02 horas de cura para liberação para operação;
  22. retire travas e faça montagem mecânica no local da emenda;
  23. abaixe contra peso ou estique a correia, conferindo o alinhamento;
  24. retire o bloqueio e faça testes;
  25. faça limpeza geral da área, destinando os resíduos para os locais adequados.

Obviamente, todos os procedimentos devem ser realizados com extremo cuidado e zelo, a fim de não danificar a emenda quando da vulcanização. 

E aí, o que achou do nosso guia definitivo para realizar uma emenda a frio de correia transportadora? Ficou com alguma dúvida? Então, não hesite em entrar em contato com nossa equipe técnica. Ela está à disposição para solucionar todas suas dúvidas!

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