Este artigo foi desenvolvido por Paulo Godoy
A indústria de mineração tem sofrido fortes pressões da sociedade para que seja mais transparente, que se comunique melhor e para que ouça e atenda os anseios da sociedade. Gerar empregos e impostos não é mais tão importante para as novas gerações – estas esperam que as empresas sejam sustentáveis e que respeitem o meio ambiente.
Uma das questões até então inerentes à mineração é a emissão de particulados ao através da atividade de manuseio dos minérios. Esta emissão em transportadores de correia é proveniente de 3 mecanismos:
- queda por arraste e ineficiência dos raspadores de correia
- queda por sobrecarga, vazamentos ou desalinhamentos da carga
- arraste eólico devido a ventos e ao próprio movimento da correia
Estes 3 mecanismos podem e devem ser combatidos por todas aquelas empresas que utilizam transportadores de correias. Quanto mais fino e úmido o material manuseado (ou minerado), maior é a emissão de material fugitivo a partir de correias transportadoras.
Atualmente o mercado brasileiro é repleto de soluções para um ou outro mecanismo de queda, mas somente o enclausuramento total dos transportadores de correia pode garantir a emissão zero.
Esta solução depende de investimentos para o seu desenvolvimento e, com o aumento da sua aplicação, a redução de custos de implantação é esperada.
Só o entendimento e o atendimento dos anseios da sociedade civil poderá mudar a opinião atual sobre a indústria de mineração – indústria esta que torna possível a vida moderna como conhecemos. Mas ela precisa provar que não é a vilã através de ações concretas para a redução da emissão de particulados.